Rio de Janeiro

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domingo, 19 de agosto de 2012

O poder da estrada


Martha Medeiros-Revista o Globo
“Viajar é um ato de desaparecimento” Paul Theroux
É uma frase ambígua, pois parece verdadeira apenas do ponto de vista de quem fica. O viajante desaparece para nós, aliás, desaparecia, pois atualmente ninguém fica inalcançável, estamos todos à distância de uma teclada.
Para o viajante é quando ele finalmente aparece para si mesmo.Viajar é sair em busca dos nossos pedaços para integralizar o que costuma ficar incompleto no dia a dia.
Road movies me encantam porque dão protagonismo a tudo que alimenta nossa fantasia: a liberdade, a música, a poesia, a natureza e o tempo estendido sem o aprisionamento dos relógios, dos calendários, viajar é uma jornada de ida e volta, nosso passado e futuro marcando encontro com o asfalto.
Entre começar uma terapia ou se largar no mundo, comece experimentando a segunda opção.  Ambas levam para o mesmo lugar, mas num consultório não tem vento no rosto, nem céu estrelado.  Se não funcionar, aí sim, divã.

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