Duas paralelas que se cruzam
Alberto Goldin – Revista O Globo
Poderosas forças gravitacionais impedem a aproximação, os plantetas nunca de chocam apenas, se cumprimentam à distância.
João e Maria, se observam temem um ao outro, se intuem em olhares perdidos e silêncios infinitos, porém sempre distantes, separados por abismos siderais.
Masculino e feminino se complementam. Não existe um sem o outro, mas eles, prisioneiros de suas fobias, jamais se encontram. Medo de que? De ser rejeitado? É evidente que são eles mesmos que impedem qualquer aproximação humana.
Penso nos poderes milagrosos dos sorrisos femininos. O sorriso da Maria foi o passaporte que liberou João, que por sua vez, mostrando simpatia ou amor por ela, rompeu a corrente que prendia à sua solidão. A fobia os enclausura nas suas próprias órbitas, porém as órbitas não são herméticas, têm saída. Por isso, é preciso sair das suas estradas de linhas curvas, colocar pontes no espaço, olhar nos olhos e sorrir. O medo passa.
Navegar e viver tem como objetivo chegar a um porto seguro após passar por momentos de águas revoltas ou de calmarias. O chegar e o partir são comuns aos barcos e a vida. Levantando as velas nos lançamos ao desconhecido com a certeza que não estamos aqui para ficarmos inertes. O próximo porto nos aguarda cheios de novidades e assim a vida passa a ter sentido. Com as bênçãos do Sagrado Coração de Jesus e a proteção de N.Sra de Fátima vou navegando pela vida.
Rio de Janeiro
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
SENTAR-SE À JANELA
SENTAR-SE À JANELA Alexandre Garcia
Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem. Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia. Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante. As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal. O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido. As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo. Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível. O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona. Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque. Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar. E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu. Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer. Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista. Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal? Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida. A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos. Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece. Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.
quarta-feira, 25 de março de 2009
TERAPIA DO ELOGIO
Terapia do Elogio - Arthur Nogueira (Psicólogo)
Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando. Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa. Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos,subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.
Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa. Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma? Pense nisso!
Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando. Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa. Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos,subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.
Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa. Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma? Pense nisso!
terça-feira, 24 de março de 2009
Dia 22 de Março Dia Mundial da Água
Dia 22 de Março Dia Mundial da Água
O Globo- Liana Melo
Este artigo serve de alerta para nós, apesar de vivermos em um país rico em rios e lagos nosso bem mais precioso a água está se tornando um bem escasso.
As Nações Unidas definem que no futuro deste século teremos guerras provocadas pela falta de água. No Brasil 20% da população mais pobre não tem acesso a água limpa.
Ainda que 12% da água do mundo esteja no Brasil, a distribuição é desigual.
No 5 Forum Mundial da Água que aconteceu em Istambul, Turquia. O francês Loic Fauchon disse: “ O mundo evoluiu rapidamente, e essas mudanças afetaram os recursos hídricos. Cada dia nos falta água para gerar energia e para dar de beber às megalópoles”.
A poluição doméstica despeja 2 milhões de toneladas de lixo diariamente nos rios.
Devemos evitar o desperdício no nosso dia a dia é uma questão de sobrevivência.
O Globo- Liana Melo
Este artigo serve de alerta para nós, apesar de vivermos em um país rico em rios e lagos nosso bem mais precioso a água está se tornando um bem escasso.
As Nações Unidas definem que no futuro deste século teremos guerras provocadas pela falta de água. No Brasil 20% da população mais pobre não tem acesso a água limpa.
Ainda que 12% da água do mundo esteja no Brasil, a distribuição é desigual.
No 5 Forum Mundial da Água que aconteceu em Istambul, Turquia. O francês Loic Fauchon disse: “ O mundo evoluiu rapidamente, e essas mudanças afetaram os recursos hídricos. Cada dia nos falta água para gerar energia e para dar de beber às megalópoles”.
A poluição doméstica despeja 2 milhões de toneladas de lixo diariamente nos rios.
Devemos evitar o desperdício no nosso dia a dia é uma questão de sobrevivência.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Caminhos de Outono
Caminhos de Outono
Revista O Globo- Artur Xexéo-22/03/09
Gostei desta crônica porque resume bem o Outono no Rio de Janeiro.
“É no outono que a cidade fica mais agradável,mais jovial. Não é frio ainda, mas aquele calor perturbador já não existe mais. É quente sob o sol, fresquinho à noite.
As tardes de outono são lindas. E a luz? Em que outra estação do ano há uma luz tão deslumbrante quanto a luz do outono carioca?
As amendoeiras vão ficando com as folhas amareladas dando um colorido as ruas do Rio ”.
Revista O Globo- Artur Xexéo-22/03/09
Gostei desta crônica porque resume bem o Outono no Rio de Janeiro.
“É no outono que a cidade fica mais agradável,mais jovial. Não é frio ainda, mas aquele calor perturbador já não existe mais. É quente sob o sol, fresquinho à noite.
As tardes de outono são lindas. E a luz? Em que outra estação do ano há uma luz tão deslumbrante quanto a luz do outono carioca?
As amendoeiras vão ficando com as folhas amareladas dando um colorido as ruas do Rio ”.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Por que a gente pratica Ioga?
Yoga, em sânscrito, pode ser traduzido como “união”.
E a tarefa da ioga é encontrar união entre mente e corpo,entre o indivíduo e o seu Deus, entre nós e nossos semelhantes às vezes tão pouco flexíveis.
Os antigos desenvolveram esses alongamentos físicos não para deixar o corpo em forma, mas sim para soltar seus músculos e sua mente de modo a prepará-los para a meditação.
A verdadeira ioga não compete com nenhuma religião, nem a exclui.
Você pode usar a ioga, as suas práticas disciplinadas de união sagrada para se aproximar de Krishna, Jesus, Maomé, Buda ou Javé.
Ioga é o esforço que uma pessoa faz para vivenciar pessoalmente a sua divindade e em seguida sustentar essa experiência para sempre.
“Nosso propósito nesta vida, portanto”, escreveu Santo Agostinho, ele próprio um iogue, “é recuperar a saúde do olho do coração através do qual se pode ver Deus”.
(Livro Comer, Rezar e Amar) Elizabeth Gilbert
E a tarefa da ioga é encontrar união entre mente e corpo,entre o indivíduo e o seu Deus, entre nós e nossos semelhantes às vezes tão pouco flexíveis.
Os antigos desenvolveram esses alongamentos físicos não para deixar o corpo em forma, mas sim para soltar seus músculos e sua mente de modo a prepará-los para a meditação.
A verdadeira ioga não compete com nenhuma religião, nem a exclui.
Você pode usar a ioga, as suas práticas disciplinadas de união sagrada para se aproximar de Krishna, Jesus, Maomé, Buda ou Javé.
Ioga é o esforço que uma pessoa faz para vivenciar pessoalmente a sua divindade e em seguida sustentar essa experiência para sempre.
“Nosso propósito nesta vida, portanto”, escreveu Santo Agostinho, ele próprio um iogue, “é recuperar a saúde do olho do coração através do qual se pode ver Deus”.
(Livro Comer, Rezar e Amar) Elizabeth Gilbert
Sou Católico, mas não praticante
Somando todos quantos se afirmam “não praticantes”, no Brasil, se forma uma nova religião, de expressão numérica significativa.
Que critérios definem um católico praticante?
A escuta orante da palavra de Deus na bíblia, na tradição da Igreja, acompanhada de sua vivência, são exigências para ser católico praticante.
A “fé sem obras é morta” (Tg 2,17) pela caridade feita manifestamos nossa fé.
Com as limitações que temos e tentações que enfrentamos, nunca seremos perfeitos “aqui e agora”.
Não queremos um catolicismo “light”, nem um Cristo “soft”.
Não conseguir realizar tudo o que a fé propõe, não nos identifica necessariamente como não praticantes.
Deus não pede o impossível. O Espírito Santo nos move ao discipulado de Cristo, à comunhão com a Igreja, ao exercício missionário, ao testemunho do Evangelho da salvação.
(Fonte: Ir ao povo)
Que critérios definem um católico praticante?
A escuta orante da palavra de Deus na bíblia, na tradição da Igreja, acompanhada de sua vivência, são exigências para ser católico praticante.
A “fé sem obras é morta” (Tg 2,17) pela caridade feita manifestamos nossa fé.
Com as limitações que temos e tentações que enfrentamos, nunca seremos perfeitos “aqui e agora”.
Não queremos um catolicismo “light”, nem um Cristo “soft”.
Não conseguir realizar tudo o que a fé propõe, não nos identifica necessariamente como não praticantes.
Deus não pede o impossível. O Espírito Santo nos move ao discipulado de Cristo, à comunhão com a Igreja, ao exercício missionário, ao testemunho do Evangelho da salvação.
(Fonte: Ir ao povo)
É preciso tirar os sapatos...
É preciso tirar os sapatos...
Leonardo Nunez de M. Reis – Revista Pegadas – Março/2009
Este texto foi baseado no livro do rabino Nilton Bonder.
É preciso tirar os sapatos da segurança da religião, da comodidade, das suas verdades absolutas, da arrogância, do egoísmo e do preconceito.
O primeiro passo para a construção da paz: Colocar-se no lugar do outro.
Como diria Mahatma Gandhi: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos da mesma forma, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”.
Somente praticando o amor ao próximo, ensinado por Cristo, é que conseguiremos promover a justiça, a paz e a semente do Reino de Deus.
Leonardo Nunez de M. Reis – Revista Pegadas – Março/2009
Este texto foi baseado no livro do rabino Nilton Bonder.
É preciso tirar os sapatos da segurança da religião, da comodidade, das suas verdades absolutas, da arrogância, do egoísmo e do preconceito.
O primeiro passo para a construção da paz: Colocar-se no lugar do outro.
Como diria Mahatma Gandhi: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos da mesma forma, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”.
Somente praticando o amor ao próximo, ensinado por Cristo, é que conseguiremos promover a justiça, a paz e a semente do Reino de Deus.
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